"TERNURA E BONDADE NÃO SÃO SINAIS DE FRAQUEZA E DESESPERO, MAS SIM MANIFESTAÇÕES DE FORÇA E RESOLUÇÃO".

domingo, 27 de novembro de 2011

«Acautelai-vos e Vigiai»

"O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz. Tens multiplicado este povo, a alegria lhe aumentaste; alegrem-se eles diante de ti, como se alegram na ceifa e como exultam quando repartem os despojos." (Is 9, 2-3)

 «A palavra "advento" quer dizer "que está para vir". O tempo do Advento é para toda a Igreja, momento de forte mergulho na liturgia e na mística cristã. É tempo de espera e esperança, de estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos alegremente para a vinda do Senhor, como uma noiva que se enfeita e se prepara para a chegada de seu noivo, seu amado.


Há relatos de que o Advento começou a ser vivido entre os séculos IV e VII em vários lugares do mundo, como preparação para a festa do Natal. No final do século IV na Gália (atual França) e na Espanha tinha carácter ascético com jejum abstinência e duração de 6 semanas como na Quaresma (quaresma de São Martinho). Este carácter ascético para a preparação do Natal devia-se à preparação dos catecúmenos para o batismo na festa da Epifania. Somente no final do século VII, em Roma, é acrescentado o aspecto escatológico do Advento, recordando a segunda vinda do Senhor e passou a ser celebrado durante 5 domingos.

Só após a reforma litúrgica é que o Advento passou a ser celebrado nos seus dois aspectos: a vinda definitiva do Senhor e a preparação para o Natal, mantendo a tradição das 4 semanas. A Igreja entendeu que não podia celebrar a liturgia, sem levar em consideração a sua essencial dimensão escatológica.»

Um coração frutífero é a vontade de Deus para a nossa vida, por isso temos que estar preparados para receber a semente. Neste tempo de Advento é fundamental não esquecermos que temos que abrir o nosso coração para receber o Filho de Deus. Digamos-Lhe, tal como os discípulos de Emaús: "Fica connosco, porque é tarde, e o dia já declina" (Lc 24, 29a).

"Bem-aventurados aqueles servos a quem o Senhor, quando vier, os encontre vigilantes; em verdade vos afirmo que Ele há-de cingir-se, dar-lhes lugar à mesa e, aproximando-se, os servirá." (Lc 12, 37)

S.S.

domingo, 13 de novembro de 2011

E tu? Que fazes com os teus dons? Se os enterras eles não se poderão multiplicar...

Naquele tempo, Jesus contou esta parábola a seus discípulos: Um homem ia viajar para o estrangeiro. Chamou seus empregados e entregou-lhes os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro deu dois e ao terceiro, um; a cada um de acordo com a sua capacidade. Em seguida viajou. O empregado que havia recebido cinco talentos saiu logo, trabalhou com eles, e lucrou outros cinco. Do mesmo modo, o que havia recebido dois lucrou outros dois. Mas aquele que havia recebido um só, saiu, cavou um buraco na terra, e escondeu o dinheiro do seu patrão. Depois de muito tempo, o patrão voltou e foi acertar contas com os empregados. O empregado que havia recebido cinco talentos entregou-lhe mais cinco, dizendo: `Senhor, tu me entregaste cinco talentos. Aqui estão mais cinco que lucrei'. O patrão disse-lhe: `Muito bem, servo bom e fiel! como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!' Chegou também o que havia recebido dois talentos, e disse: `Senhor, tu me entregaste dois talentos. Aqui estão mais dois que lucrei'. O patrão disse-lhe: `Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!' Por fim, chegou aquele que havia recebido um talento, e disse: `Senhor, sei que és um homem severo, pois colhes onde não plantaste e ceifas onde não semeaste. Por isso fiquei com medo e escondi o teu talento no chão. Aqui tens o que te pertence'. O patrão respondeu-lhe:  `Servo mau e preguiçoso! Tu sabias que eu colho onde não plantei e que ceifo onde não semeei? Então devias ter depositado o meu dinheiro no banco, para que, ao voltar, eu recebesse com juros o que me pertence.' Em seguida, o patrão ordenou: `Tirai dele o talento e dai-o àquele que tem dez! Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado. Quanto a este servo inútil, jogai-o lá fora, na escuridão. Ali haverá choro e ranger de dentes!' - Mt 25,14-30.
S.S.