"TERNURA E BONDADE NÃO SÃO SINAIS DE FRAQUEZA E DESESPERO, MAS SIM MANIFESTAÇÕES DE FORÇA E RESOLUÇÃO".

sábado, 28 de janeiro de 2012

Existe uma flor..., creio que ela me cativou

Foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia – disse a raposa.
- Bom dia – respondeu o principezinho com delicadeza. Mas ao voltar-se não viu ninguém.
- Estou aqui – disse a voz - debaixo da macieira…
- Quem és tu? – disse o principezinho. És bem bonita…
- Sou uma raposa – disse a raposa.
- Anda brincar comigo – propôs-lhe o principezinho.  Estou tão triste…
- Não posso brincar contigo – disse a raposa. Ainda ninguém me cativou.
- Ah! perdão – disse o principezinho.
Mas, depois de ter reflectido, acrescentou:  Que significa “cativar”?
- Tu não deves ser daqui – disse a raposa. Que procuras?
- Procuro os homens – disse o principezinho. Que significa “cativar”?
- Os homens – disse a raposa – têm espingardas e caçam. É uma maçada! Também criam galinhas. É o único interesse que lhes acho. Andas à procura de galinhas?
- Não – disse o principezinho. Ando à procura de amigos. Que significa “cativar”?
- É uma coisa de que toda a gente se esqueceu – disse a raposa. Significa “criar laços…
- Criar laços?
- Isso mesmo – disse a raposa. Para mim, não passas, por enquanto, de um rapazinho em tudo igual a cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu não precisas de mim. Para ti. não passo de uma raposa igual a cem mil raposas. Mas, se me cativares, precisaremos um do outro. Serás para mim único no mundo. Serei única no mundo para ti…
- Começo a compreender – disse o principezinho. Existe uma flor..., creio que ela me cativou.
- É possível – disse a raposa. Vê-se de tudo à superfície da Terra…
Antoine de Saint-Exupéry. O Principezinho

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A estrela verde

"Era uma vez...milhões e milhões de estrelas no céu. Havia estrelas de todas as cores, brancas, amarelas, prateadas, douradas, vermelhas, azuis...
Um dia, elas procuraram o Senhor Deus, Todo-Poderoso, o Senhor Deus do Universo e disseram-lhe:
- "Senhor Deus, gostaríamos de viver na Terra, entre os homens".
- "Assim será feito", respondeu Deus. "Conservar-vos-eis todas pequeninas, como são vistas, e podem descer à Terra".
Conta-se que naquela noite, houve uma linda chuva de estrelas. Algumas aninharam-se nas torres das igrejas, outras foram brincar e correr com os pirilampos, no campo, outras misturaram-se com os brinquedos das crianças e a Terra ficou maravilhosamente iluminada. Porém, passado algum tempo, as estrelas resolveram abandonar os homens e voltar para o Céu, deixando a Terra escura e triste.
- "Porque voltaram?" perguntou Deus, à medida que elas chegavam ao Céu.
- "Senhor, não nos foi possível permanecer na Terra. Lá existe muita miséria, muita desgraça, muita fome, muita violência, muita guerra, muita maldade e muita doença".
E o Senhor disse-lhes:
- "Claro, o vosso lugar real é aqui no Céu. A Terra é o lugar do transitório, o Céu, é o lugar da perfeição. O lugar onde tudo é imutável, onde tudo é eterno, onde nada padece".
Depois de chegarem todas as estrelas e conferindo o seu número, Deus tornou a falar:
- "Mas falta uma estrela. Perdeu-se no caminho?"
Um anjo, que estava perto, retorquiu:
- "Não, Senhor. Uma estrela resolveu ficar entre os homens. Ela descobriu que o seu lugar é exactamente onde existe imperfeição, onde há limites, onde as coisas não vão bem."
- "Mas que estrela é essa?" Voltou Deus a perguntar.
- "Por coincidência, Senhor, era a única estrela daquela cor".
- "E qual é a cor dessa estrela?"insistiu Deus.
E o anjo disse:
- "A estrela é verde, Senhor. A estrela verde do sentimento de esperança".
E quando então olharam para a Terra, a estrela não estava só.
A Terra estava novamente iluminada, porque havia uma estrela verde no coração de cada pessoa. Porque a esperança é própria da natureza humana. Própria daquele que cai, daquele que erra, daquele que não é perfeito, daquele que ainda não sabe como será o seu futuro." (adaptado)

domingo, 15 de janeiro de 2012

Eu venho, Senhor, para fazer a vossa vontade.

Depois de se comemorar o baptismo do Senhor, onde Jesus se revela o Filho de Deus que veio ao mundo para libertar e salvar os homens, cumprindo o projecto do Pai e se faz um de nós partilhando a nossa humanidade e fragilidade reiniciamos novo ciclo. Neste 2º domingo do tempo comum é-nos proposto que façamos uma reflexão acerca da nossa disponibilidade para seguir Jesus e acolher os desafios que Deus nos coloca. Na escuta da Palavra podemos encontrar a Estrela que nos guia para o verdadeiro caminho, aquela que nos conduz ao local onde tudo começa!
Hoje, João descreve-nos o encontro entre Jesus e os primeiros discípulos e coloca-nos uma questão: Quem é “discípulo” de Jesus?
Para este evangelista, discípulo é quem percebe em Jesus a presença do Messias, que está disponível para O seguir, que aceita o Seu convite para entrar na Sua casa e que O anuncia e testemunha aos outros.
Através do texto de Samuel percebemos que é aqui que se inicia o movimento profético. Deus, seguindo critérios inexplicáveis e que nos escapam, escolhe, chama, interpela. É assim, de forma misteriosa, que aparece a Samuel e lhe revela a Sua Palavra. Quando Samuel diz: «Falai, Senhor, que o vosso servo escuta», afirma que está disposto a receber os seus desafios e a comprometer-se com eles, acolhendo com o coração o que o Senhor lhe diz e fazer disso o seu compromisso de vida.
A vocação é sempre uma iniciativa de Deus, todos nós somos chamados a cumprir uma missão e por isso a nossa responsabilidade é sermos testemunhas e anunciadores de Deus e do Seu projecto.
Todos os dias “ouvimos” muitos chamamentos cheios de propostas de sucesso e felicidade que nos confundem e nos fazem seguir caminhos bem diferentes daqueles que Deus nos sugere, atirando-nos, tantas vezes, para abismos profundos de solidão e sofrimento.
Então, como posso identificar a voz de Deus no meio do “barulho” que me envolve diariamente?
Samuel precisou da ajuda do sacerdote Heli para identificar a voz de Deus. E eu, quem tenho para me ajudar a identificar essa voz? Como é que eu me disponibilizo quando o Senhor me interpela? Serei, como Samuel, capaz de Lhe dizer: “Fala Senhor que o teu servo escuta”?
S.S. 

domingo, 8 de janeiro de 2012

Virão adorar-Vos, Senhor, todos os povos da terra

Hoje comemora-se a Festa da Epifania do Senhor, mais vulgarmente designada como dia de Reis. Esta palavra, que deriva do grego, significa “manifestação” e, de modo particular, “manifestação divina”, isto é, a manifestação de Deus ao mundo, a Luz que atrai todos os povos da terra. Na tradição cristã este foi o dia em que os três Reis Magos levaram presentes a Jesus Cristo. Estes homens sábios, seguindo a estrela, “sentiram grande alegria” ao verem que ela parara “sobre o lugar onde estava o Menino”. “Ofereceram-Lhe presentes: ouro, incenso e mirra”. Melchior saíra da Europa levando ao Messias ouro, que simbolizava a nobreza e era oferecido apenas aos deuses. Gaspar partira da Índia e levava incenso como alusão à sua divindade. O incenso para além de aromatizar o ambiente representava a fé e a espiritualidade. Baltazar saíra de África levando mirra, um arbusto de onde é extraída uma resina para preparação de medicamentos, geralmente oferecida aos profetas. Estes presentes são sinais de Cristo Rei, Deus verdadeiro e Homem verdadeiro.
A afirmação de Isaías “Os povos caminham à tua luz e os reis ao clarão da tua aurora”, indica-nos uma visão ecuménica do profeta, pois declara que todos os povos se misturam com a certeza de que aos olhos do Deus de Israel apenas haverá um povo temente ao Rei do Universo. Pelo contrário, S. Paulo ao falar aos Efésios não considera este episódio como uma profecia mas apresenta-o já como facto consumado e para cuja realização se apresenta como um protagonista importante enviado pelo Mestre: “se ao menos soubésseis da graça que Deus me concedeu para realizar esse plano a vosso respeito!”.
Apesar de não haver muitas garantias sobre a historicidade deste acontecimento, o fundamental é perceber que o caminho dos Magos foi um caminho de fé e é este caminho que nós hoje queremos também percorrer. Esta fé que nos ajuda a ultrapassar obstáculos, com a ajuda de uma estrela que nos ilumina o caminho e que nos conduz ao ponto de encontro, à adoração, à alegria e à entrega de dons. Não se trata de uma fé qualquer mas sim de algo que nos obriga a procurar caminhos que ainda não foram percorridos!
“E, avisados em sonhos para não voltarem à presença de Herodes, regressaram à sua terra por outro caminho.” Também nós viemos adorar-Te Senhor e queremos regressar por outro caminho…um caminho em que estaremos transformados pela Tua presença divina entre nós.
S.S. 

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O Anjo

"Eu sou teu Anjo da Paz
Trabalho para afastar as tuas dúvidas e tristezas, as tuas mágoas e pensamentos negativos. Inspiro-te auto-confiança e serenidade, acalento o teu coração nos momentos de conflito. Proporciono-te bem estar físico e espiritual! Faço com que fiques de bem com a vida.
É muito fácil encontrares-me...moro na Rua da Paz do teu coração! 
Eu sou o teu Anjo do Amor
Desperto os teus sentimentos mais puros e reais. Incentivo-te a actos de fraternidade e perdão, de carinho e romantismo, aqueço o teu coração em todos os momentos. Retribuo em dobro a tua doação de carinho e amor. Estabeleço a tua conexão directa com Deus! 
É muito fácil achares-me...moro na Rua do Amor do teu coração! 
Eu também sou o teu Anjo da Felicidade
Poderás encontrar-me sempre. Mas antes terás que passar pelas ruas da Paz e do Amor."