Depois de se comemorar o baptismo do Senhor, onde Jesus se revela o Filho de Deus que veio ao mundo para libertar e salvar os homens, cumprindo o projecto do Pai e se faz um de nós partilhando a nossa humanidade e fragilidade reiniciamos novo ciclo. Neste 2º domingo do tempo comum é-nos proposto que façamos uma reflexão acerca da nossa disponibilidade para seguir Jesus e acolher os desafios que Deus nos coloca. Na escuta da Palavra podemos encontrar a Estrela que nos guia para o verdadeiro caminho, aquela que nos conduz ao local onde tudo começa!
Hoje, João descreve-nos o encontro entre Jesus e os primeiros discípulos e coloca-nos uma questão: Quem é “discípulo” de Jesus?
Para este evangelista, discípulo é quem percebe em Jesus a presença do Messias, que está disponível para O seguir, que aceita o Seu convite para entrar na Sua casa e que O anuncia e testemunha aos outros.
Através do texto de Samuel percebemos que é aqui que se inicia o movimento profético. Deus, seguindo critérios inexplicáveis e que nos escapam, escolhe, chama, interpela. É assim, de forma misteriosa, que aparece a Samuel e lhe revela a Sua Palavra. Quando Samuel diz: «Falai, Senhor, que o vosso servo escuta», afirma que está disposto a receber os seus desafios e a comprometer-se com eles, acolhendo com o coração o que o Senhor lhe diz e fazer disso o seu compromisso de vida.
A vocação é sempre uma iniciativa de Deus, todos nós somos chamados a cumprir uma missão e por isso a nossa responsabilidade é sermos testemunhas e anunciadores de Deus e do Seu projecto.
Todos os dias “ouvimos” muitos chamamentos cheios de propostas de sucesso e felicidade que nos confundem e nos fazem seguir caminhos bem diferentes daqueles que Deus nos sugere, atirando-nos, tantas vezes, para abismos profundos de solidão e sofrimento.
Então, como posso identificar a voz de Deus no meio do “barulho” que me envolve diariamente?
Samuel precisou da ajuda do sacerdote Heli para identificar a voz de Deus. E eu, quem tenho para me ajudar a identificar essa voz? Como é que eu me disponibilizo quando o Senhor me interpela? Serei, como Samuel, capaz de Lhe dizer: “Fala Senhor que o teu servo escuta”?
S.S.
Sem comentários:
Enviar um comentário