Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem se acende a candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas sim em cima do candelabro, e assim alumia a todos os que estão em casa.
Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, de modo que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai, que está no Céu".
(Mt 5, 13-16)
Na passada 4ª feira, quarenta dias após o Natal, celebrou-se a Festa da Apresentação de Jesus: “Quando se cumpriu o tempo da sua purificação, segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém, para o apresentarem ao Senhor” (Lc 2, 22). Assim se cumpria a Lei de Deus! Pela primeira vez Jesus é apresentado como a Luz do mundo.
Hoje o Evangelho convida-nos a sermos nós próprios “sal da terra” e “luz do mundo”. Esta fala de Jesus, que faz parte das Bem-Aventuranças, uma das mais belas passagens da Bíblia, exige que todos nós sejamos, verdadeiramente, sal e luz, isto é, sejamos testemunhas da mensagem do Evangelho, sendo sal, que preserva e dá sabor à Palavra e luz, que ilumina e anuncia a felicidade em alcançar o Reino de Deus. Contudo, a verdadeira felicidade só é possível fazendo nosso, o estilo de vida de Jesus e a procura do Reino deve ser o único critério que orienta a nossa vida: “Procurai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais se vos dará por acréscimo” (Mt 6, 33). Este é um desafio exigente, mas, sem dúvida, vale a pena, tal como o sal preserva e dá sabor aos alimentos, sermos também nós, elementos preciosos na nossa sociedade, cada vez mais despida de valores essenciais e atolada de falsos valores, preservando a caridade, a generosidade e a humildade, numa dádiva contínua de nós próprios. Jesus pede-nos que renovemos, diariamente, o compromisso, privilegiando a nossa formação moral e cristã, desenvolvendo os valores que queremos incentivar nos outros pois...ninguém consegue dar aquilo que não tem!
É fundamental ter atenção à forma como agimos, para que possamos ser, como Deus nos pede, construtores do Seu Reino e sal e luz para O glorificar, vivendo em cada dia o renascer, deixando de ser mais eu, mas permitindo que seja mais Cristo em mim: “Já não sou eu que vivo; mas é Cristo que vive em mim” (Gl 2, 20).
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