"TERNURA E BONDADE NÃO SÃO SINAIS DE FRAQUEZA E DESESPERO, MAS SIM MANIFESTAÇÕES DE FORÇA E RESOLUÇÃO".

sexta-feira, 16 de março de 2012

O caminho da morte à vida

A Via-Sacra tem como objectivo ajudar as pessoas a perceber, viver e meditar naquilo que é fundamental na vida de um cristão: o mistério pascal, a morte e ressurreição de Jesus Cristo. Presidia pelo Pe. Henrique Santos, Capelão da Universidade, contou com a presença do Grupo de Jovens da UBI e com vários movimentos associados às diferentes paróquias.
É muito gratificante ver que o número de pessoas que participaram neste caminho da Cruz aumenta todos os anos.

I Estação: Jesus no Horto 

No Horto, Jesus sofre profundamente e vivencia a dificuldade da obediência ao Pai. Apesar de estar acompanhado a Sua agonia é experimentada solitariamente e, enquanto a dúvida agita a mente e o peito de Jesus, Pedro Tiago e João, repousam! 

II Estação: Jesus é preso

Na noite em que o Filho de Deus foi atraiçoado, são vários os sentimentos que nos assolam…raiva, dúvida, incredulidade, angústia, incompreensão…Jesus, com a Sua sabedoria e omnisciência, obedece aos desígnios do Pai e o Seu único objectivo é libertar-nos da morte.

III Estação: Jesus é condenado

 A justiça, que tanto apregoamos, tantas vezes acusa sem provas, julga sem razão e condena sem motivos. Jesus, no tribunal é acusado, julgado e condenado como se fosse um criminoso! Em nome da justiça “esmaga-se” um inocente! Mas Jesus não vacilou e, sem medo, afirmou: “Eu sou”…

 IV Estação: Pedro renega Jesus

Pedro nega o seu amigo…três vezes…chora porque se arrepende…chora porque a sua fé vacila! Envergonha-se e, humilhado, pede perdão. Com verdadeiro arrependimento e dor de alma como as lágrimas choradas de Pedro, dá-nos Senhor um coração humilde para nunca Te rejeitar e em cada dia melhor Te amar e seguir.

V Estação: Jesus é julgado por Pilatos

O nosso caminho pode ser longo, penoso e pedregoso, mas todo o caminho tem uma meta! Qual é a minha meta? Tenho coragem para parar e fazer silêncio? Onde vejo Jesus? Quem é o meu próximo?

VI Estação: Jesus é flagelado e coroado de espinhos

Os nossos sofrimentos e dores não deixam de existir porque acreditamos em Deus! Mas é a fé que nos ajuda a minimizar os sofrimentos e a aceitar os espinhos. É a fé que nos momentos de crise, nos ajuda a responder à violência com doçura e a reagir à raiva com amor.
VII Estação: Jesus carrega a cruz

Nem sempre compreendemos o verdadeiro valor da cruz, apesar de Jesus a ter carregado com todos os nossos pecados. O que nos magoa e faz sofrer continua a ser um mistério e, por isso, tantas vezes nos perguntamos «porquê?»! Uma fé enraizada é vivida nos bons momentos, mas também naqueles que são menos bons é exigente e compromete.

VIII Estação:  O Cireneu ajuda Jesus a levar a cruz

Sem estar à espera, Cireneu, foi chamado a ajudar Jesus. Também nós somos, várias vezes, chamados a fazer o que não estamos à espera. Como reagimos? Aceitamos o que nos pedem com bondade ou revoltamo-nos?

IX Estação: Jesus encontra as mulheres de Jerusalém

Habitualmente somos sobrecarregados com vários tipos de sofrimento: sentimo-nos vazios, abandonados, desprezados, perdidos e sem força. A dor é um sentimento que nos esmaga e fragiliza mas é nestas alturas que estamos mais perto de Cristo.

X Estação: Jesus é crucificado

Cristo, despojado das suas vestes expôs a Sua fragilidade desnudada pela insidiosa ofensa à Sua dignidade humana. Ao pensarmos nas suas vestes repartidas somos confrontados com as dificuldades que hoje vivemos, nas divisões que nos enfraquecem, nos temores que nos invadem, nas resistências que nos acorrentam.

XI Estação: Jesus promete o Reino

Reconhecer o nosso pecado é uma das formas de aceitar o amor de Deus e de obter o Seu perdão. Quando estamos mais frágeis deparamo-nos com a nossa nudez e temos necessidade da presença de Cristo, por isso nos sentimos mais próximos da cruz. Não existe maior alegria do que saber que Jesus está do nosso lado.

XII Estação: A Mãe e o discípulo

Jesus, depois de ter ficado despojado de tudo dá também a Sua Mãe. O Seu corpo torturado está exposto aos olhos do mundo e, no auge da Sua paixão, Jesus não nos esquece e dá-nos a Mãe!
XIII Estação: Jesus morre na cruz

Ao extinguir-Se na cruz, Jesus mostra-nos que é na fragilidade humana que estamos mais próximos de Deus. Ao entregar-Se cumpre-se o projecto do Pai.

XIV Estação: Jesus é colocado no sepulcro

E eis que o fim chegou! Depois da morte vem a escuridão do sepulcro onde tudo parece consumado! O céu escureceu e o silêncio parece demasiado pesado! Mas é no silêncio que a transformação acontece, é no silêncio que Deus nos fala e é no silêncio que se reconhece o essencial e o essencial é Cristo.

Senhor, Tu que és o Deus dos vivos, dá-nos a força necessária para acreditar que os fins são princípios e que o sepulcro é a porta para uma vida nova.
S.S.

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