"TERNURA E BONDADE NÃO SÃO SINAIS DE FRAQUEZA E DESESPERO, MAS SIM MANIFESTAÇÕES DE FORÇA E RESOLUÇÃO".

domingo, 13 de maio de 2012

Apresentação de Jesus no Templo

4ª Cena: Apresentação de Jesus no Templo (Lc 2, 21- 39)

Quando se completaram os oito dias para ser circuncidado o menino, foi-lhe dado o nome de Jesus, que pelo anjo lhe fora posto antes de ser concebido. Terminados os dias da purificação, segundo a lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém, para apresentá-lo ao Senhor. Conforme está escrito na lei do Senhor: Todo primogénito será consagrado ao Senhor e para oferecerem um sacrifício segundo o disposto na lei do Senhor: um par de rolas, ou dois pombinhos. Ora, havia em Jerusalém um homem cujo nome era Simeão; e este homem, justo e temente a Deus, esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele. E lhe fora revelado pelo Espírito Santo que ele não morreria antes de ver o Cristo do Senhor. Assim pelo Espírito foi ao templo; e quando os pais trouxeram o menino Jesus, para fazerem por ele segundo o costume da lei, Simeão o tomou em seus braços, e louvou a Deus, e disse: Agora, Senhor, despedes em paz o teu servo, segundo a tua palavra; pois os meus olhos já viram a tua salvação, a qual tu preparaste ante a face de todos os povos;  luz para revelação aos gentios, e para glória do teu povo Israel. Enquanto isso, seu pai e sua mãe se admiravam das coisas que deles se diziam. E Simeão os abençoou, e disse a Maria, mãe do menino: Eis que este é posto para queda e para levantamento de muitos em Israel, e para ser alvo de contradição, sim, e uma espada trespassará a tua própria alma, para que se manifestem os pensamentos de muitos corações. Havia também uma profetisa, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era já avançada em idade, tendo vivido com o marido sete anos desde a sua virgindade; e era viúva, de quase oitenta e quatro anos. Não se afastava do templo, servindo a Deus noite e dia em jejuns e orações. Chegando ela na mesma hora, deu graças a Deus, e falou a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém. Assim que cumpriram tudo segundo a lei do Senhor, voltaram à Galileia, para sua cidade de Nazaré.


Contemplemos esta imagem...
Fixemo-nos nas personagens: no sacerdote, em Maria, em Jesus e em S. José. Prestemos atenção às cores. Situemos o nosso olhar na mesa onde está  o pão e o vinho, representados num cálice e numa patena. 
Situemo-nos na Apresentação de Jesus ao Tempo. É apresentado aos judeus. Apresenta-se diante de Deus, seu Pai. É o início da Sua vida como judeu.
Maria oferece Jesus para ser circuncidado. Simeão aceita-o e segura-o. Aqui Jesus derrama o seu primeiro sangue, é o seu primeiro sacrifício pelos homens. 
Observa com que veneração Simeão segura Jesus nos seus panos de pureza. Reclinado reconhece o mesmo Jesus que vai ser sacrificado pelos homens e que vai derramar o seu sangue pela sua salvação. Maria oferece seu filho Jesus, aceitando a vontade de Deus: aceita o seu sacrifício. José assume, também, essa vontade que vem de Deus e oferece os dons estabelecido pela Lei.
Nesta imagem o essencial é o sacrifício, a entrega, a doação que Jesus realiza e que prefigura o seu destino na cruz: o sacrifício e o sangue derramado. Por esse motivo estão sobre a mesa os dons do seu sacrifício: patena - o corpo e o cálice - o sangue. 


Para Reflectir:
Nesta cena ocorrem dois ecos importantes: a circuncisão e a imposição do nome de Jesus. O pequeno ser derrama a sua primeira gota de sangue. Teve lugar a circuncisão após oito dias do seu nascimento e isso foi, sem dúvida, da maior importância para Maria e José. Foi nesse momento que se fazia a aliança com Deus: aquele sangue derramado constituía-se como herança das promessas de Abraão. Jamais se podia imaginar que aquelas gotas de sangue que caíram sobre a mesa e as lágrimas do menino, seriam o primeiro passo para o sacrifício do Cordeiro.


Oração: 
 Bendita seja a tua pureza
E eternamente o seja,
pois todo um Deus se recria,
em tão graciosa beleza.
A ti celestial princesa,
Virgem Sagrada Maria,
te ofereço este dia,
alma, vida e coração.
Olha-me com compaixão,
não me deixes, minha Mãe.

S.S. (Baseado nos textos de Martín Descalzo, Vida e mistério de Jesus de Nazaré)

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