Oh deliciosa chaga!
0h toque delicado! Oh mão querida,
Que à vida eterna sabe,
Toda a dívida paga!
Matando, a morte transformaste em vida.
Oh lâmpadas de fogo,
Em cujos resplendores
As profundas cavernas do sentido,
Escuro e cego, logo
Com estranhos primores
Calor e luz dão junto ao seu querido!
Quão manso e amoroso
Acordas em meu seio,
Onde, em segredo, solitário moras;
E em teu aspirar gostoso,
De bem e glória cheio,
Quão delicadamente me enamoras!"
S. João da Cruz
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