"TERNURA E BONDADE NÃO SÃO SINAIS DE FRAQUEZA E DESESPERO, MAS SIM MANIFESTAÇÕES DE FORÇA E RESOLUÇÃO".

sábado, 7 de abril de 2012

Celebração da Paixão de Cristo

“Tudo está consumado, disse Jesus”, foi assim que o Pe. Henrique iniciou a sua reflexão após a proclamação do Evangelho (Jo 18,1-19,42)…“Tudo está consumado”!
Hoje revivemos esse grande acontecimento e por isso a Igreja quer estar unida a Jesus. A palavra consumado não é uma palavra estática, pelo contrário, é dinâmica. Consumado significa que está feito, está realizado, significa e implica que há um plano, o plano de Deus para a Humanidade, baseado no Seu grande e incondicional Amor.
Lembremo-nos das palavras de Jesus enquanto falava com Nicodemos: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16)! Reparemos que o verdadeiro amor implica sempre renúncias, o amor manifestado por Deus implicou uma oferta e uma renúncia, Deus ofereceu o Seu Filho para a salvação do mundo. 
Hoje é o dia em que a Igreja está junto de Jesus a contemplar uma vida preenchida e de completa fidelidade a Deus e ao seu projecto de redenção.
O evangelista está permanentemente a citar as Escrituras e a sua intenção é dizer-nos como elas foram cumpridas. Afinal Cristo é o Messias, é a Nova e Eterna Aliança que ainda ontem celebrámos. A Aliança em que o Senhor entrega o Seu corpo e derrama o Seu sangue. Hoje é o dia em que isso de facto acontece.
Contemplemos a Cruz de Jesus! Ele que é a vida nova que nos trás a salvação, é a árvore que nos trás a vida que não tem fim. 
É importante a Sua morte na Cruz porque é aí que Ele assume todos os sofrimentos e, por isso, é aí que todos devemos procurar a força para continuar a nossa caminhada. 
A Cruz não é aleatória é escolhida. E, perante a Cruz, não podemos esquecer os mais necessitados, os mais frágeis, os doentes, os que são vítimas de injustiças, os perseguidos, os marginalizados, os que são alvo de calúnias e mentiras…e esta lista podia ser ainda maior. Cristo também o viveu não apenas num instante mas num conjunto de atitudes de todos os seres humanos. A Sua Cruz é ainda mais pesada e redentora porque carrega também todos os sofrimentos que cada um de nós causa aos outros.


Ao celebrarmos a paixão e morte de Jesus estamos a acolher o Amor infinito de Deus, por isso deixemo-nos invadir por esse Amor que nos redime e pela Sua graça nos transforma, compromete e congrega. 
A Cruz é a fonte da graça de Deus e da vida da Igreja.
“Tudo está consumado”!
Tudo termina com o silêncio reverencial de meditação e de adoração. Veneremos e adoremos Cristo crucificado e tomemos consciência de que a morte tem como resposta a Ressurreição. Esta é a nossa Esperança, esta é a Vida Eterna que amanhã iremos, cheios de alegria, celebrar. (Pe. Henrique Santos - extrato oral de homilia 06/04/2012)

 

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